Editorial da Segunda Edição – Trabalhadores Invisíveis – 02/2018
(fevereiro de 2018)
A 1ª Edição do Invisíveis publicou relato de uma servidora terceirizada que trabalha na limpeza do Centro de Aulas Caraíbas na UFG, no qual ela narra segregação imposta contra o pessoal da limpeza, que foi impedido de usar as dependências do prédio para fazer suas refeições e guardar seus pertences.
Dois meses após a denúncia e graças à luta coletiva e solidária das trabalhadoras, a situação de reverteu e hoje elas têm novamente o direito assegurado de se alimentar e descansar de forma decente, além de guardar seus pertences em local seguro. Não apenas elas: todas as trabalhadoras dos Centros de Aula.
O fato nos revela que somente a verdadeira resistência das trabalhadoras é capaz de impedir o avanço da exploração e da opressão promovidas pelo capital e pelo Estado. Não podemos esperar pela ação burocrática dos sindicatos. Devemos nos organizar, nas bases, no chão de fábrica, nos Centros de Aulas, nas Faculdades, nos Call Centers etc. e exigir respeito e direitos.
Nesse sentido, o caso do Centro de Aulas Caraíbas é exemplar, pois provocou inclusive um atrito entre chefias que, após a divulgação do caso, se desentenderam e finalmente resolveram o problema em favor das trabalhadoras.
O coletivo Invisíveis reforça seu compromisso de colaborar para construir uma rede de solidariedade entre todas as trabalhadoras, sejam efetivos, terceirizados, prestadores de serviço ou estagiárias, com o objetivo de conquistar o legítimo lugar de quem produz a riqueza social: a IGUALDADE.