No sol, sem proteção, com baixo salário: a vida dura dos trabalhadores da STAR Serviços na UFG

Por Invísiveis

Você sabe como é trabalhar o dia todo embaixo de sol quente, sem os equipamentos necessários e sem um salário justo? Os trabalhadores terceirizados da UFG da empresa Star Serviços sabem. Eles denunciam que não recebem novos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) desde 2017 e não recebem o pagamento prometido pela insalubridade desde o início de 2018.

Os equipamentos usados (botinas, luvas) estão tão deteriorados que os trabalhadores já tiraram do próprio bolso para se equipar – situação que vem se tornando comum na UFG, como o Invisíveis denunciou no mês de agosto. Segundo um trabalhador: “O que eles querem? Serviço. Se você tá equipado ou não, não importa.” Explicam também que a empresa não pagou o adicional de insalubridade mesmo com um parecer técnico favorável ao pagamento. O pessoal trabalha com corte de grama, aceiro e manutenção geral de jardins. É um trabalho pesado e desgastante. A promessa que receberam é que o adicional cairia na conta em duas parcelas a partir do início de 2018. Mas até agora os funcionários não receberam nada. “A instituição cobra serviço”, diz a trabalhadora, “mas não presta o serviço”.

Na Escola de Agronomia, por exemplo, havia 12 pessoas na função de roçagem. Hoje, segundo relatos, são apenas 7. Com péssimos equipamentos, sem salário justo. “Nossa carga horária é pesada, a gente batalha duro pra manter a UFG. Tá cada vez mais difícil porque demitiram gente, estamos trabalhando dobrado, triplicado e ganhando a mesma coisa. Nós somos filhos sem pai e sem mãe. Ninguém escuta a nossa reclamação. Falam que a gente é muito importante, que sem a gente a UFG não sobrevive. Se a gente é tão importante, que valorize a nossa importância. Falar bonito é fácil, mas fazer que bom, não fazem” – reclama um dos trabalhadores.

Não aceitamos o descaso da Star Serviço (e a conivência da UFG) com as desumanas condições enfrentadas por seus funcionários. Vale lembrar que há alguns meses a empresa Liderança foi denunciada por razão semelhante e se viu obrigada a fornecer materiais de trabalho. Estamos de olho em que acha normal cortar gastos dificultando a vida do trabalhador invisível!