[RIO DE JANEIRO] COMO FICAM TERCEIRIZADAS(OS) E TÉCNICAS(OS) NO RECESSO CONTRA O CORONAVÍRUS?

Segundo a nota da reitoria, a UERJ terá recesso das aulas de 15 dias a partir de 16 de março. Seguindo a recomendação da secretaria de saúde para evitar aglomerações, alertou que em 4 semanas, o RJ terá entre de 4 a 10 mil infectados com o coronavírus.

Determinou-se que as funções administrativas seguirão em funcionamento. Ou seja, os técnicos continuarão trabalhando. Sobre os terceirizados, que se inclui entre as funções meio, não houve menção específica. Mas recebemos relatos de terceirizados da limpeza que esses irão trabalhar.

Lembramos que muitos trabalhadores moram longe de seu local de trabalho, na UERJ não é diferente. Muitos pegam mais de um transporte coletivo em cada trajeto casa-trabalho-casa. Ou seja, vivem em grandes aglomerações fechadas em ônibus, BRT, trem ou metrô. Um dos focos de contaminação alertados pela secretaria de saúde.

Sem falar que muitos terceirizados são idosos e idosas. Um dos grupos de risco de morte, alertado na nota da reitoria. Na limpeza não recebem ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. Já ocorreram acidentes como funcionários furados com seringa ao retirar lixo. O que mostra como já era negligenciada as suas condições de saúde.

Mesmo que a reitoria alegue que o trabalho de administração e serviços gerais são de baixa aglomeração, manter a jornada sem abono de faltas pra esses trabalhadores os força a se manter em aglomerações. Seja no transporte coletivo ou em áreas de espera. Podem alegar que cabe ao poder executivo decretar estado de calamidade. Porém a UERJ tem autonomia, como uma autarquia, para deliberar interrupção total de suas atividades. Para garantir abono de faltas e recesso remunerado para TODOS os seus trabalhadores.